terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Marketing Empresarial : O poder da marca


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O Marketing começou a surgir na década de 90 nos cursos de “Publicidade e Propaganda”, e as empresas começavam a adotar este conceito, de forma muito tímida, pois as empresas estavam diante de um novo conceito, uma nova ideologia de como se comunicar com os clientes, o mercado estava ainda se preparando para absorver este conceito. 

O Marketing surgiu agregado a palavras como “Internet” e “Globalização”. Nos dias de hoje a Internet tornou-se uma ferramenta fundamental na comunicação entre as empresas, e delas com os clientes, a Internet tornou-se uma grande e importante fonte de informações sobre o consumidor. E o que antes eram apenas citações em argumentos de estruturação empresarial e vendas, o Marketing, tornou-se não só importantíssimo para as empresas globalizadas, como também “rebentou seus organogramas” e criou o seu espaço tornando-as dependentes de sua filosofia.

Hoje, todas as empresas de alto padrão, possuem um Departamento de Marketing, e as que não o tem, ou têm uma agência de comunicação trabalhando para si, ou estão visivelmente fora do nível de seus concorrentes.

“O Marketing é tão fundamental que não deveria ficar restrito ao departamento de uma empresa. A sua importância é tamanha que as ações de marketing afetam a própria estratégia empresarial.” (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 05), ou seja, o Marketing é mais do que a venda e a propaganda de produtos, ele engloba um conjunto de atividades de planejamento, concepção e concretização, que visam à satisfação das necessidades dos clientes, presentes e futuras, através de produtos/serviços existentes ou novos. O termo Marketing possui várias definições, adiante veremos algumas definições de autores e instituições da área.

Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros .

Marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado. 


Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício.

Marketing são as atividades sistemáticas de uma organização humana voltadas à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente, visando benefícios específicos (RICHERS, 1986. www.inpi.org.br).

O Marketing funciona como um radar e sua função é captar permanentemente as necessidades e os desejos dos clientes. É uma função de vital importância para a empresa tendo em vistas as constantes mudanças no comportamento do consumidor. A empresa que não tiver esta sintonia terá uma vida muito efêmera. Para entender o comportamento do consumidor as empresas precisam ter um sistema de marketing bem equipado, com pessoas bem treinadas e preparadas para que possam extrair do mercado as informações que realmente interessam para as empresas, sem que o sistema fique lotado de informações sem valor algum, pois “o excesso de informações pode ser tão prejudicial quanto a escassez” (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 8), para isso a empresa terá que escolher uma estratégia que corresponde a sua situação.

As estratégias de marketing se dividem em dois grandes grupos: as estratégias de marketing tradicional ou de massa, na qual o uso tático da propaganda e promoção se sobressai para atingir clientes e prospects; e as estratégias de marketing dirigido composto por táticas direcionadas e customizadas de comunicação e vendas para clientes específicos.

Um plano de marketing é um planejamento para a marca e para as linhas de produtos visando atingir as metas da empresa. Através da análise dos pontos fortes e fracos da empresa e do mercado concorrente, das oportunidades e ameaças ambientais, é possível desenvolver a escolha de uma proposta de valor que vai orientar a direção estratégica de uma marca, através da escolha tanto de um posicionamento amplo (custo, diferenciação e enfoque) quanto de um posicionamento específico (unique selling proposition) capazes de dar uma direção e robustez estratégica a uma empresa. Além disso, é preciso observar que a decisão deve ser uma escolha estratégica, que é fruto de uma orientação exclusiva e excludente, devendo ser seguida, continuada e não modificada, assumindo uma posição focalizadora e abrindo mão de outras proposições. Isto é, se uma empresa optou por um foco em custo, não pode querer também abordar um foco em diferenciação em sua estratégia.
O Termo marca está presente na história desde que a humanidade começou a comercializar produtos e vem adquirindo uma grande importância no meio empresarial, desde os anos 80, como uma forma de impressionar, de conquistar o consumidor, pois a marca é a primeira impressão que o consumidor vai ter da empresa, se ela é uma empresa bem-estruturada, se é um produto confiável ou não, se vai satisfazer as necessidades do consumidor. Em fim a marca vai “definir” a empresa ou o produto diferenciando dos demais concorrentes.

“Uma marca é um nome, termo, símbolo, sinal, ou desenho – ou uma combinação desses elementos – que identifica o fabricante ou vendedor de um produto ou serviço.” (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 212). Neste ambiente tão competitivo a marca tornou-se o maior patrimônio de uma empresa consolidada. A marca é o resultado de todas as decisões empresariais, pois tudo é associada a ela, carregando percepções e imagens positivas ou não sobre a empresa e seus negócios. Sendo assim, a marca é o ponto final, a conclusão e a consequência. O que antes era deixado em segundo plano nas decisões gerenciais, por que era considerado algo “conseqüente e incontrolável” (MIYASHITA, 2006), hoje as empresas elaboram seus planejamentos estratégicos apartir de um estudo em cima da marca. Dentre as várias definições, a mais simples e clara é a do autor americano Scott Bedbury. 
As marcas somente passaram de algo psicológico para algo real e positivo se estiverem associadas a produtos ou serviços que satisfaçam as necessidades e os desejos do consumidor, pois “nada cria tanta imagem positiva quanto à comprovação de uma expectativa prometida” (MIYASHITA, 2006, p. 4). As marcas servem como pontes entre as pessoas, são elementos que potencialmente irão agregar valor as coisas, a um produto ou a uma empresa. Para que a empresa possa ter qualquer direito de usufruir da sua marca ela deve registrá-la junto ao INPI (Instituto Nacional do Patrimônio Industrial). O INPI é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, responsável por registros de marcas, concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e de franquia empresarial, e por registros de programas de computador, desenho industrial e indicações geográficas, de acordo com a Lei da Propriedade Industrial (Lei n.º9.279/96) e a Lei de Software (Lei nº. 9.609/98) . Criado no dia 11 de dezembro de 1970, pela Lei n.º.648 (www.inpi.org.br).

Sem o registro da marca a empresa não poderá usufruir de seus benefícios, pois para qualquer efeito a marca não existe, então se uma outra empresa fizer uso da marca, esta não poderá cobrar direitos autorais, ou indenização, por exemplo. Uma empresa sem marca, praticamente está fora do mercado, pois não possui a sua identidade o seu maior patrimônio.

Quanto à natureza das marcas ela diz respeito à origem e ao seu uso. No que tange à origem, existem marcas brasileiras e marcas estrangeiras. Para todos os efeitos, marca brasileira é aquela regularmente depositada no Brasil, por pessoa domiciliada no país. Já a marca estrangeira é aquela regularmente depositada no Brasil, por pessoa não domiciliada no país, ou aquela que, depositada regularmente em país vinculado a acordo ou tratado do qual o Brasil seja partícipe, ou em organização internacional da qual o país faça parte, é também depositada no território nacional no prazo estipulado no respectivo acordo ou tratado, e cujo depósito no País contenha reivindicação de prioridade em relação à data do primeiro pedido. No que concerne ao seu uso, às marcas podem se distinguir de acordo com o quadro abaixo:
Para que se tivesse um maior controle sobre as marcas estabeleceu-se uma classificação através de um ato normativo que estabeleceu um limite: cada pedido de registro de marcas deverá assinalar uma única classe. Adicionalmente, dentro da classe escolhida, o pedido poderá compreender até o máximo de três itens. No caso de medicamentos, o limite é de dois itens. Duas premissas estiveram presentes na elaboração da Classificação: 

- Estabelecer uma linguagem que agregasse produtos e serviços, utilizando denominações genéricas que delimitassem adequadamente o âmbito de proteção e, ao mesmo tempo, permitissem a análise de colidências por afinidade de produtos/serviços, intra e interclasses. 

- Estabelecer um código, fixado em quatro dígitos, que traduzisse cada linha de produto/serviço, a fim de permitir a automação. Os dois primeiros dígitos representam a classe do produto ou serviço e os dois dígitos finais o item específico dentro da classe. 
A Classificação foi instituída pelo Ato Normativo 51, de 1981 e já existem estudos em andamento para sua atualização. A diretiva básica será sua compatibilização com a Classificação Internacional de Nice, adotada por diversos países, e que representa, a exemplo da congênere Classificação Internacional de Patentes, uma referência básica em termos de padronização internacional.

Fonte: http://www.administradores.com.br

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